segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Comida típica Chilena: Diversidade em cores, sabores, cheiros e texturas


Depois de ter me mudado para o Chile, quando voltei pela primeira vez ao Brasil, todos me faziam muitas perguntas sobre este país com o qual tinha tido contato por tão pouco tempo, na época. Muitas perguntas surgiram, mas só uma eu não fazia ideia de como responder. Qual a comida típica dos chilenos?
Voltei para minha casa em Santiago um tanto intrigada, eu de fato não sabia. Eu tinha que descobrir.
Nos próximos meses, sempre que eu tinha possibilidade de falar com um chileno, eu o questionava; e qual foi minha surpresa ao descobrir que muitos também não sabiam me responder! Uma resposta, porém foi unânime: pães! Todos diziam que o Chile tem o povo que mais consome pão da América. De fato, os pães são magníficos, deliciosos e variados em forma, sabor e textura. Uma delícia.
Mas isso não foi o suficiente para mim, queria saber mais.
Claro, como qualquer internauta que se preze, fui fazer minha busca no google.cl para descobrir outros pratos. Qual foi minha surpresa ao descobrir um artigo em que falava que os próprios chilenos não conhecem sua cultura gastronômica! (http://www.educarchile.cl/Portal.Base/Web/VerContenido.aspx?ID=106973)
Obviamente está em espanhol, mas da pra entender facinho, ou use a ferramenta de tradução do google.
Mas, como a história já está ficando longa, vamos exemplificar um pouco da comida chilena:

Pêssego, trigo e caramelo: mote con huesillos

O Mote com Huesillos é uma sobremesa típica do Chile, quem sabe, o mais típico de todos. Comumente servido das festas pátrias, também é largamente consumido em dias de muito calor. Aí você vai me perguntar: mas o que cargas d’água é Mote com Huesillos? Calma, é estranho, mas muito simples. Mote é uma espécie de grão de trigo, hesillos é literalmente o diminutivo de osso. Mas respirem fundo, não é uma sobremesa feita com ossos em miniatura, e sim uma referencia a como os pêssegos ficam após serem desidratados para ser novamente hidratados ao serem colocados nesta sobremesa.
Bom, transformando uma história longa em curta: trigo, pêssegos secos reidratados e uma calda estupidamente gelada de caramelo e mel, aqui conhecido como chanacaca. É tanto de comer quanto é de beber. E mais importante de tudo, não é alcoólico. 

Mote com huesillos

Esta sobremesa é disfrutada desde os tempos coloniais, bastante gelada, e que acabou criando seu próprio ditado popular: Mais chileno que o mote com huesillos.

Empanadas de pino

Originalmente da gastronomia árabe, a empanada passou a ser apreciada na Espanha. Comum em grande parte da América Latina, é no Chile que ganha uma nova variável, a empana de pino. Simplificando: pino nada mais é que um bocado de cebola cortada bem fininha, carne picadinha, ovo cozido e uvas passas. Alias, permita-me deixar mais claro, é um bocado de cebola mesmo, muita cebola. E a empanada é uma massa envolvendo todo o recheio de pino.

Empanada de pino
Poucos chilenos resistem a este quitute que, de tão suculenta, dizem por  aqui que escorre até os cotovelos.

Pollo al barro: Frango ao barro??

É isso mesmo, barro. O galináceo é feito no barro. Mais especificamente em uma espécie de panela de barro. Simplificando, a intenção é usar o barro em volta do bichinho, como se fosse uma panela, selando com ainda mais barro e fazer disso tudo uma panela improvisada para cozinhar (para quem é do Paraná, isso tudo vai lembrar um pouquinho o barreado).
Mas tem mais barro aí! Tradicionalmente o franguinho é levado ao forno de barro para ficar no ponto!
Pollo al barro
Ricamente temperado com sal e alho, o frango é colocado envolto em uma espécie de saco de plástico, e manda ver no barro em volta dele. Então se fecha ele inteirinho com barro, leva ao forno e um bom tempo depois (muito tempo), e o resultado é uma carne tenra, molhadinha, quase derretendo e muito saborosa. Uma curiosidade desse prato é que, antigamente, ao invés do plástico, usava-se folhas de árvore para cobrir a carne!

Palta

Além disso, jamais poderia de deixar de falar da Palta, que nada mais é que abacate que eles colocam na comida, nos sanduiches e comem como salada. É sem tempero mesmo, nem sal. Às vezes vejo que crianças levam de lanche só o pão com a tal da palta. 
Salada com palta
Mas cá entre nós, brasileiros, o mais estranho é eles colocarem palta em um sanduiche qualquer e chamar de italiano. Não sei por que, nem sei se os italianos comem abacate no sanduiche, mas isso aparece inclusive em grandes redes de fast-food, como por exemplo este sanduiche do Burger king Chile.

Gracias, burgerking,cl
E ela vai em quase todos os sanduiches, até no cachorro quente!

Cachorro quente com palta

Particularmente eu acho que é meio amargo e não combina. Prefiro abacate doce e com limão...
Mas então, estou fazendo apenas um recorte de algumas comidas chilenas que eu já experimentei ou que tenho vontade de comer. São muitas.
Deixo a dica de alguns sites que falam disso e de outras coisas que citamos neste texto.


Débora Mel

sábado, 28 de janeiro de 2012

Welcome to the U.S.A.


Na primeira vez que estive nos Estados Unidos, em 1998, pouco ou nada sabia da cultura local, a não ser aquela que a gente sempre vê pela televisão, ou escuta por aí.

O primeiro local que eu estive por lá não foi Nova Iorque ou Miami, e sim, uma cidade de médias proporções, localizada no centro do país: Muncie, Indiana.

De Indiana, o pouco que eu sabia por aqui eram as 500 milhas de Indianápolis, e o time de basquete da NBA, os Pacers. Logo, minha expectativa era de ver esses dois ícones, de alguma forma, refletidos no cenário local da cidade, mesmo que não fosse a capital.

Oval de Indianápolis, Indiana

De certa forma, eu não estava tão errado. O povo local realmente gosta das corridas, e torce pelo seu time profissional. Mas em Muncie, e em muitas cidades dos E.U.A., não era bem daqueles atletas bem pagos que o pessoal gostava de falar.

O que veio como uma agradável surpresa foi minha primeira semana em Indiana. Assim que o segundo semestre começou por lá, um jogo de basquete escolar, entre Muncie Southside e Muncie Central estava programado para a noite de sábado.

Antes mesmo de irmos ao ginásio, meus pais americanos (que me hospedaram lá) me disseram que aquele era o “clássico” da cidade. Eu, em minha ingenuidade, achei que ambos exageravam, como fazemos por aqui também. E afinal, como um jogo entre escolas pode ser tão importante?

Bem, depois de pagar entrada (!), o que já foi inesperado, eu vi do que eles falavam: o ginásio da escola Muncie Central estava lotado! As cores do time local, roxo e branco, dominavam as arquibancadas, e alguns usando o vermelho do visitante tentavam incentivar seu time. Pelo que eu ouvi, 5 mil pessoas acompanhavam a partida ali, entre os Bearcats, mandantes, contra os Rebels, da escola do sul da cidade, onde eu viria a estudar.

Rebels sendo massacrados pelos Bearcats.

E não só a presença massiva de pessoas foi incrível, mas o fanatismo que cada torcida tinha pelos seus times. Algo quase inexplicável, mas que foi ficando cada vez mais claro com o tempo, quando eu lia os jornais e via que o “Atleta da Semana” quase sempre era um jogador de colegial, ou como as pessoas comentavam a partida da noite anterior nas escolas, ruas, mercados.

Nos meus últimos dias por lá, acabei descobrindo que, não longe de onde morava, estava o “Museu do Basquete Colegial de Indiana”. Um museu só para eles! E lá aprendi porque os Rebels, time de minha escola, sempre levavam uma sova dos Bearcats; a escola central de minha cidade era simplesmente a maior campeã estadual de todos os tempos, com oito títulos.

Interior do Museu do Basquete Colegial de Indiana

Tudo aquilo só me fez pensar como são diferentes as formas de encarar coisas tão similares. Nós temos esportes nas escolas no Brasil também; mas no final, damos muito mais valor aos profissionais que jogam nos grandes times. E lá, é quase ao contrário. Apesar deles contarem com dois times profissionais não tão longe, o povo de Muncie se concentrava muito mais em torcer pelos times escolares locais. Mesmo que os meus Rebels não sejam lá aquela coisa. Algo a se pensar...

Juan Lucas Martínez


P.S. Coincidentemente, no dia 21 de Janeiro os Bearcats tiveram sua maior vitória contra os Rebels, 84 a 36. Tristeza... Matéria completa do jogo aqui.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma Vila Norte Americana

Um dos locais que mais me agradou viver foi os EUA. Para ser mais específico, houve duas cidades, na mesma região, que marcaram minha vida, mesmo que não tenha passado tanto tempo em cada uma delas.

A que me refiro hoje é Newburg, no estado de Wisconsin. Bem, ela nem é propriamente dita uma cidade, e sim, uma vila. Mas o que lhe faltava em tamanho, lhe sobrava no famoso American Way of Life.

Um típico dia em Newburg, entre 2001 e 2002

Muitas coisas aconteceram por lá, no período em que vivi e trabalhei lá, entre 2001 e 2002. A polícia apareceu em casa; nevascas quase nos impediam de sair para a rua; e até mesmo fiquei desempregado por um tempo, mesmo com contrato na mão.

Mas uma das coisas que eu sempre lembro é da vida simples que os newburguianos (definição deste autor) levavam. Ao chegar à vila, você se depara com uma placa, anunciando que não mais do que mil pessoas moram ali. Logo, você não vai encontrar Wal-Mart, K-Mart, Cost-Co, nem nada do tipo naquele lugar.

O que você encontra, entretanto, é um posto de gasolina, nem grande nem pequeno, onde você abastece seu carro, e pode comprar coisas como leite, manteiga, pão fatiado e alguns frios. Talvez não seja exatamente algo inesperado, pois muitos postos no Brasil oferecem a mesma coisa.

Só que o que não se espera encontrar é a simpatia que eu presenciei por lá. Sempre temos em mente que os Yankees são antipáticos, rudes, e um tanto xenófobos; mas desde o primeiro dia, tudo o que encontramos foi um cuidado e preocupação por parte da população local, que ajudou a mim e meu grupo desde o começo.

Home Sweet Home (Newburg - WI - USA)

A caixa do posto (que desconfio ser também a dona do mesmo), ao ver-me pela primeira vez por lá, me perguntou se eu era um dos estrangeiros que trabalhava na fábrica local. Ao responder que “sim”, um tanto hesitante, o que veio a seguir não foram coisas do tipo “você rouba vagas de americanos” ou “você devia voltar para o México”. O que ela disse foi “vocês vão precisar de um carro! E eu conheço um homem que está vendendo um bom!”

Sendo Newburg um local com tão pouca gente, não me surpreendeu ela que ela tinha o telefone do tal vendedor, ao qual eu liguei no mesmo dia. Na tarde seguinte, eu já estava com um carro disponível para trafegar do trabalho até em casa, e para onde mais quisesse. Até mesmo podia ir a West Bend, cidade mais próxima, e conferir as ofertas do Wal-Mart ou comer no Taco Bell (Hummm, Taco Bell...).

Chevy Caprice 1986, o meio de transporte por lá, também conhecido como "La Barca" (Newburg, 2002)

No final, não foram as coisas típicas que me fazem lembrar dos EUA; todo mundo sabe que lá existem milhões de fast-foods, mercados enormes, e shoppings que vendem de tudo. O que trouxe de lá foi a simpatia que compõe o verdadeiro estado-unidense.

Juan Lucas Martínez

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Valdívia: A capital da região dos rios

Valdívia

Valdívia é uma das mais importantes cidades do sul do Chile, com uma população de pouco mais de 140 mil habitantes e tem como principais atividades econômicas o turismo, fabricas de cerveja artesanais, metalurgia, entre outros.
O mais curioso para nós brasileiro é que, apesar de ser uma cidade fundamentalmente turística, a gastronomia não é o forte desta cidade. Encontra-se muito fast-food, uma loja aqui e outra acolá de licores e para happy hour. Encontra-se também restaurantes temáticos como mexicano e italiano. Mas pouco de comida típica e os que existem não são muito convidativos.
Mas em se tratando de comida, me parece mais interessante sair de Valdívia e viajar por pouco mais de 200 km para chegar em Pucón. Quase tudo que você encontrará será restaurantes lindos e aconchegantes e hotéis caros. Sem esquecer das termas, famosas, lindas e superfaturadas, mas, vamos e venhamos... se estamos passeando, vale cada centavo.
Mas voltando a Valdívia, o que eu achei de mais incrível foram os leões marinhos (ou lobo marino em espanhol), gordos, fofos, barulhentos, absolutamente adoráveis e com um cheiro pouco agradável. Em suma: Lindissimos.
Eles, por vezes ficam perto do Mercado Público, a beira do rio, deitados preguiçosos com a boca aberta esperando que os pedaços de peixe rejeitado pelos peixeiros sejam jogadas direto a sua boca grande. O que acontece com certa frequência. É uma festa. Diversão garantida.


Seria injusto não mencionar a vida cultural da cidade, composta por alguns museus, diversas atividades ao ar livre e o Festival Internacional de Cine de Valdívia que já se encontra na sua 18ª edição.
Mas falando sério, o turismo rural é o que move a cidade. Afinal a cidade não é grande, então eles oferecem o que têm de melhor: A natureza linda, perfeita e quase intocada. Para isso se oferece muitos passeios de barcos pelo rio, mas há que se ter cuidado para não cair numa furada. Alguns passeios podem não ser bem o que se espera, sem grandes atrações (nem mesmo um restaurante descente para comer), por vezes muito demorados e pouco divertido.
Com isso em mente, o que se oferece de mais interessante e educativo é um passeio de barco que leva o visitante às ruínas do forte, destruído pelo terremoto de 1960, um dos mais fortes da história do país.

Fonte: http://www.welcomechile.com/valdivia/fotografias.html
Ruinas do Forte
Ah, e se você ainda tiver disposição, pode andar mais alguns quilômetros para ver as araucárias chilenas (os brasileiros do sul sabem do que eu estou falando), inclusive no inverno eles comem pinhão como nós (do sul).

Pinhão
Araucária Chilena

Além disso, próximo dalí têm muitos vulcões em atividade... mas isso já é outra história. 


Por Débora Mel

Dúvidas, cementários, mais informações? escreva-nos!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Yparacaí e o Canguru

Imagem: Wikipedia

O verão de 2012, para mim, começou num local que faz parte de minha história, o Paraguai. E apesar de muito do que sabemos de lá ser composto dos típicos preços baixos, a expressão “La Garantia soy Yo”, e a seleção de futebol local, nossos amigos guaranis têm muito mais oferecer do que pechinchas em eletrônicos.
            
Afinal, podemos começar pelo próprio apelido dos habitantes de lá: “Guarani”. Não, não é coincidência; a palavra tem a mesma origem que a que temos por aqui, e da língua falada, até por um tempo, oficialmente no Brasil, o “Tupí-guaraní”.

Mas enquanto por aqui, nossa relação com o idioma índio desapareceu, no Paraguai ainda luta para permanecer: não só é uma das línguas oficiais do país (junto ao Espanhol), como é ensinado nas escolas.

Confesso que, da língua, não sei muita coisa. “Ita” significa “pedra”; “juba” é “amarelo”. O que forma o nome da praia que visito em Santa Catarina. “Mba´e Pio” é algo como “o que que há?”, mas num tom um pouco intimidador. E todo esse meu conhecimento junto, nem de longe, formaria uma frase coerente. Mas isso não diminui minha admiração por um país que tenta manter viva sua cultura secular.

Entretanto, depois de ler tudo isso, alguém se pode estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com o singelo título acima, envolvendo uma palavra em guarani, e o amado marsupial das planícies australianas.


Canguru (Imagem: Wikipedia)

Explico: muitas pessoas já ouviram aquela história, de quando os exploradores ingleses chegaram à Austrália, e, quando viram aqueles curiosos animais saltando pela relva local, perguntaram por seu nome. De acordo com o conto, os aborígenes locais responderam “Canguru”, e os britânicos interpretaram como o nome do ser, mas que na língua local, significaria “eu não entendo”.

Bem, essa história não é verdade, mas tampouco é completamente mentira. Isso realmente aconteceu, mas com exploradores espanhóis, e no México. Quando estes chegaram, e viram o enorme golfo que se estendia por toda a Costa da América Central, perguntaram aos índios locais o nome da região, ouvindo o termo “Yucatán” como resposta; mas os indígenas locais sim estavam dizendo “eu não entendo”, o que foi mal interpretado pelos conquistadores, e nomeou para sempre aquela região entre Estados Unidos e México.


Península de Yucatán (imagem: www.worldtraveling.com)

Pois bem. No Paraguai, algo similar ocorreu. Não muito longe de Assunção, capital do país, está um lago chamado Ypacaraí. Seus 90 quilômetros quadrados chamaram a atenção dos espanhóis que o visitaram, e ao perguntar o nome do local, o nome “Ypacaraí” surgiu”.

Apesar das diversas traduções já feitas e interpretadas, a palavra “Ypa”, que pode significar “água” ou “lago”, juntada ao o termo “Caraí”, que é “o senhor, montam a frase “a água, senhor?”. E formam assim, mais uma confusão comunicativa dos tempos coloniais das Américas.

Claro que existem muitas histórias ao redor desse nome. De repente, eu também estou enganado, e o nome pode simplesmente significar “Lago conjurado”, pois foi abençoado por um padre beato no começo do século XVII. Mas o lago, sua beleza, e suas histórias fazem parte da rica cultura de um de nossos vizinhos latino-americanos.

                                                                                                         Juan L. Martínez

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Santiago: Modernidade e Tradicionalismo


Santiago (Imagem: www.welcomechile.com)

Santiago, a capital do Chile, é uma cidade moderna, com excelente sistema de transporte público, e problemas de país de terceiro mundo como qualquer outro da América do Sul.

Aqui encontramos pessoas fascinadas pelo Brasil, mas perdidamente apaixonadas pelo seu próprio país. Essencialmente agradáveis com estrangeiros, os chilenos (eles fazem questão de deixar claro que não é ‘xileno’, mas sim “tchileno”) não são muito habilidosos para entender os sons que saem da boca dos brasileiros, mas de modo geral, se esforçam para saber o que falamos.


Muito além das relações interpessoais, os santiaguinos estão um tanto envolvidos com uma vida cultural ativa. Teatros, museus, cinemas cult, ópera e dezenas de exposições e amostras de toda natureza se espalham pela cidade, tudo muito bem divulgado por diversos meios.



Cerro Santa Lucia (Imagem: www.welcomechile.com)

Parques e passeios são uma diversão a parte, lugares agradáveis para correr, fazer um piquenique, passar o dia com amigos e família durante estes dias de verão. Imaginem que a municipalidade empresta cadeiras e guarda-sois (você leu direito, empresta, é grátis!) para que as pessoas tenham dias mais agradáveis com seus iguais em um parque da cidade.

Imagem: http://tele13.13.cl/nacional/parque-bicentenario-se-renueva-este-verano

Claro, problemas existem, sem dúvida, mas para esse inicio de blog... Que vejamos somente os lados positivos!

Débora Mel

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Rumos


O que nós mais vemos, ao acessar a internet? Essa é uma pergunta difícil de responder. Afinal, existe algum número oficial, e mesmo que exista, ele reflete o que o usuário comum vê e acessa? Fora os óbvios Facebook,  Twitter, e outras redes sociais, o que nós buscamos por aqui?

Talvez não haja uma resposta exata para isso. Mas isso faz sim muitas pessoas se assustarem ao entrar na rede mundial. Pois um grande número quer sim participar e interagir, mas poucos realmente conseguem encontrar um tema original, e menos ainda, conseguem ter sua voz ouvida.
            
Por algum tempo, um dos criadores deste blog se enquadrou nessa descrição. Escrevia sobre muito, mas ao mesmo tempo, sobre nada. E nesse hiato permaneceu, sem encontrar um assunto para abordar, e sem qualquer identidade virtual.
            
Mas um dia veio uma luz, de uma conversa com uma amiga, via Facebook. Ela, vivendo atualmente no Chile, também buscava um tema, algo para expressar suas idéias, e perguntou ao primeiro por opiniões sobre o que escrever.
            
E ambos perceberam que o que buscavam estava bem ao seu redor. Chile. Brasil. América do Sul. Um continente tão grande, com tantas pessoas, tanta cultura, mas ao mesmo tempo, desconhecido para a grande maioria, especialmente para nós, brasileiros.
            
Afinal, quantos de nós já visitaram Buenos Aires? E quantos sabem qual a capital do Chile, ou que se come no Paraguai? E qual a moeda do Equador? Essas coisas podem parecer até banais para os que estudaram, ou estiveram nesses países. Mas para muitos, descobrir que o lago mais alto do mundo é logo ali entre a Bolívia e o Peru pode ser algo completamente inédito.
            
E de nossa conversa, outra conclusão tiramos: que muito do que sabemos, não é de livros, escolas ou televisão, e sim, de experiências que nossos amigos compartilham conosco. E essa informação pode ter um valor muito grande quando se vai a outro país pela primeira vez.
            
Aonde quero chegar: este blog talvez não seja o mais original. Provavelmente existem outros sites e locais com essa mesma premissa. Mas a experiência que cada um tentará transmitir aqui é sim algo único, e dela tiramos o máximo possível para aprendermos mais sobre nossos vizinhos mundiais, e quem sabe, sobre nós mesmos.